domingo, 1 de maio de 2011

TALVEZ



Talvez esteja com um dilema. Talvez desista, e se desistir, não saberei se foi por orgulho ou amor próprio. Talvez siga firme e transforme isso num objetivo a ser alcançado.
Talvez ignore por um tempo, pare para pensar, abra os olhos para outras oportunidades. Talvez tenha ficado surpresa, porque achei que soubesse da responsabilidade. Talvez não saiba.
Talvez peça ajuda e a aceite sem rancor no coração. Talvez seja o melhor a fazer, pra que se acabar, ao menos acabe bem.
Talvez eu seja como aquele livro, para ler de cabeça cheia no fim da tarde, que conta alguma história divertida e exige “menos” para entender. Talvez eu seja para conversar bobagens, para rir e fazer rir, para relaxar e dar prazer. Talvez eu queira ser isso, talvez não.
Talvez eu me precipite e corra atrás de alguma coisa, qualquer coisa. Talvez aceite qualquer coisa agora e talvez me arrependa depois.
Talvez eu não esteja sentindo mais nada agora. Talvez eu volte a sentir quando acordar e talvez, continue com um dilema.

sábado, 23 de abril de 2011

AMADO

Como pode ser, gostar de alguém?
E esse tal alguém, não ser seu.
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr do sol postal, mais ninguém


Peço tanto a Deus para lhe esquecer
Mas só de pedir, me lembro
Minha linda flor, meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus


Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais


É tanta graça, lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer


Sinto absoluto o dom de existir
Não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina


É tanta graça, lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você 


[Vanessa da Mata]

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

EXCESSO DE FALTA


Dê-me motivos para não amar. Conte mentiras, mostre-me os defeitos e imperfeições, porque sei que existem. Deixe cair a máscara que te faz irreal e adentre meu mundo para que possa te reconhecer e dar-te minha apatia.

Apareça em outra forma então e deixe inverter os papéis. Compartilhe do meu amor e da minha dor. Conheça o que sou e diga-me, por favor. Chega desse silêncio indecente. Grite e mostre-me por que não posso amar.

Seja pouco, seja igual, dê-me nada. Desvie o olhar e vá embora. Quando estiver ao meu lado, não deixe mais a porta aberta. Se não posso entrar, então não mais ficarei de fora a olhar e só eu sei a vontade que sinto de estar lá.

Finjo que não amo, você finge que não sabe e de tanto fingir já nem sei mais se dói e de tanto querer tornou-se impossível. Se não posso mudar, nem manipular, então vou esperar até parar de fingir e de verdade não amar.

sábado, 1 de janeiro de 2011

WILD WOMEN

Wild women do
And they don't regret it
Wild women show
What they're goin' through
Wild women do
What you think they'll never
What you only dream about
Wild women do

[Natalie Cole]

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

UMA CARTA DE AMOR (PRA VOCÊ)

Eu não ligo se não me ama. Talvez se eu fosse diferente numas coisas e igual em outras. Mas sou igual numas e diferente noutras. Tudo bem, é a sua diferença que eu amo tanto. Um homem comum mas de verdade, raro e a única exceção entre todos.

Amo muito, amor que há muito não sentia. Amo acima de tudo, das formalidades, da dor de não ser correspondida e até da inveja daquelas que um dia ocuparam seu coração.

Amor sólido, que nasceu e cresceu com o tempo. Que muito sorriu e pouco chorou e de senti-lo me fez uma pessoa melhor. Agora, minha inspiração é você.

Estou entregue, transparente e vulnerável. Mas não burra, dependente ou com medo. Conheço meu espaço, conheço o seu espaço.

E hoje, tudo o que quero são suas mãos, sua boca, seu cheiro e seu abraço. Sua voz, seu sorriso, seu olhar e seu silêncio.

Ainda que nada disso seja meu, não ligo, porque te amo e te liberto e é só livre que tens o meu amor.

sábado, 18 de dezembro de 2010

AMIGA

Deixa-me ser a tua amiga, Amor;
A tua amiga só, já que não queres
Que pelo teu amor seja a melhor
A mais triste de todas as mulheres.

Que só, de ti, me venha mágoa e dor
O que me importa a mim?! O que quiseres
É sempre um sonho bom! Seja o que for
Bendito sejas tu por m’o dizeres!

Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascêssemos irmãos,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...

Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim fiechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei pra minha boca!...


[Florbela Espanca]

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

DOCE COMO O FEL

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo e tenho a sorte de uma amizade tranqüila.

Às vezes, demoro a entender e perceber as coisas. Mas entendi, percebi e senti. Senti vontade de fugir. Sozinha. Ser invisível e morar com os livros. Parar o tempo e lê-los todos, sem pressa para voltar. Eles fazem me sentir mais perto.

Uma preguiça gigantesca, gigante pela própria natureza, da vida, de gente, dessa babaquice toda de fim de ano. Engolindo o rancor que às vezes escapa pela boca e atinge quem não merece. Arrumo desculpas para chorar uma dor que ignoro.

Vou arrumar o quarto, jogar fora lembranças que não tenho. Sorrir e fingir que estou feliz. Mendigar abraços de outros sangues, pequenos, superficiais e desacolhedores.

Minhas crenças e convicções são todas pautadas em dúvidas e está aí a raiz do problema. Nem enlouquecer consigo mais. Conheci a exceção e ela não é minha. Voltou à regra.

Isso tudo não faz sentido e não é para fazer. Hoje estou doce como o fel e de Selvagem não sobrou nada. Vou dormir para não sentir e ao acordar serei outra. Como sempre.

domingo, 3 de outubro de 2010

NADA

Teria tanta coisa para escrever.
To sentindo tanta coisa.
Mas não vou escrever nada.
Porque nada é o que eu gostaria de sentir.
Nada é o que eu quero ter.
Nada é o que eu acredito.
Quero o nada porque ele é vazio.
E vazio é o que eu quero ser.
Vazio é o que eu acredito.
Quero um nada, cheio de vazio.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ID, EGO E SUPEREGO

É, eu sei. No que diz respeito às ciências humanas, grande parte do que conheço vem do senso comum. Observar, raciocinar, entender e sublimar, instintivamente. Prefiro a praticidade ao romantismo (será?). Se não é exato minha cabeça entra em parafuso. Perco totalmente o controle da situação e fico angustiada.

Tenho vontade de tanta coisa. De arriscar, mudar tudo, gritar o que penso e sinto aos quatro ventos sem medo de estar errada, de ser boba ou de perder. Engraçado que até de errar eu tenho vontade, só não tenho coragem. Para não errar eu me calo, como se o silêncio fosse o certo e não deixasse nada nem ninguém me atingir. Ele me abraça e sussura. Me pede para ficar (em silêncio). Tenho outras muitas escolhas, mas o escolho sempre, porque mesmo não sendo verdade, ele torna a minha vida mais fácil.

É ruim não ter a quem culpar. Meus fracassos, assim como minhas vitórias, são de minha inteira responsabilidade. Todas as escolhas foram minhas. Não fui obrigada a nada. Ninguém é obrigado a nada. Sempre existe uma outra opção. O que sou hoje é resultado do que escolhi. Não é culpa da minha mãe, nem do meu pai, nem do meu irmão, nem dos meus amigos, ex-marido, ex-namorados. É doloroso trazer isso à consciência.

As perguntas são: o que fazer quando não se sabe o que fazer? Parar tudo e esperar a certeza vir? Ela vai vir? Continuar e recomeçar sempre que necessário? E se eu tiver de recomeçar tudo sempre, até o fim da vida? Isso é bom ou ruim? Depende do ponto de vista?

Quando tenho uma coisa, quero a outra. Quanto tenho a outra, quero a uma. Sou, estou ou sempre fui neurótica? Mais uma pergunta que não sei responder. Alguém sabe? Poderia me ajudar? Preciso me tratar!

Enquanto isso vou acreditando que na verdade sou versátil.

Tudo e nada têm o mesmo peso para mim.

Isso pode ser bom, se olhar pelo lado positivo.

Ta bom! Parei!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

CARTA PARA O ALÉM

Ia te escrever uma carta, mas alguém te contou ou você viu e sumiu aquele vazio. Parou de doer a saudade e a lembrança daquele abraço, que agora me faz sorrir, aquele dia era o único que me cabia.

Seu nome não me lembro, tampouco do seu rosto, ainda assim sinto a sua falta. Lembro apenas dos seus cabelos, compridos e negros e da sensação de alegria transbordando no coração quando pude uma única vez encontrar aquele abraço, o único que me cabe.

E de todas as expiações que escolhi, a pior delas é passar uma vida inteira sem você, sem nem lembrar quem você é e sem ter aquele abraço, o único que me caberá.

Apareça quando puder, a porta estará sempre aberta pra você!

domingo, 15 de agosto de 2010

FELICIDADE

Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada:
em é mais a existência, resumida,
que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada,

Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.


Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa, que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim : mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.

Vicente de Carvalho

segunda-feira, 26 de julho de 2010

VAI VENDO

Hoje é segunda-feira, trabalhei até tarde, com meu chefe sentado ao meu lado fingindo que não estava vendo que já tinha passado a hora de encerrar o expediente, organizando as bagunças que ele fez.
Agora já estou mais calma. Acabei de tomar banho e vou esperar meu cabelo secar naturalmente. Enquanto isso, vou desabafando e organizando as idéias.
Hoje dormir não é minha prioridade. Foda-se que amanhã tenho de acordar às 5h00. Tenho muita coisa pra fazer, muita vida pra viver, muitas palavras pra escrever e muitas idéias pra por em prática.
Não tá dando tempo de dormir. Depois eu durmo.
No caminho de volta para casa vim pensando coisas. Coisas sobre relacionamentos pra variar. Quero achar a fórmula mágica para fazer um relacionamento dar certo. Tem de existir algum equilíbrio. O jeito certo. Não tiro isso da cabeça.
Já parou pra pensar que só "ficar" ou namorar de um jeito ou de outro te tiram a liberdade?
A palavra "namoro" carrega consigo obrigações, possessões. Quando se está namorando, é obrigatório ligar todos os dias, quissá todas as horas. É obrigatório ouvir as lamentações do outro. É obrigatório ficar juntos no mesmo espaço todos os fins de semana. É obrigatório conhecer a família. Ah, é obrigatório ser fiel. Prisão total. Um torna-se dono do outro, até mesmo dos pensamentos e sonhos. Duas vidas passam a ser uma só.
Seria bonito se não fosse ridículo.
Nem é preciso muito Q.I. para entender que 1+1=2. Para que duas partes tornem-se uma só, cada uma teria de ser só meia, pois 0,5+0,5=1. É possível um indivíduo ser meio indivíduo? Aí juntar-se com outro meio indivíduo para tornarem-se um só?
Dá pra ser mais complexo que isso, mas não vou estender.
Por outro lado, quem só está "ficando" com alguém, também não tem liberdade. Acham que tem, gritam aos quatro ventos que são livres. Mas liberdade de que? Quando você não namora, você não tem a liberdade de ligar para o outro quando quiser. Não tem a liberdade de desabafar com ele(a) quando estiver triste ou apenas com vontade de conversar. Não tem a liberdade de ir à casa dele(a). Não tem a liberdade de sentir ciúmes, nem de perguntar nada. Não tem a liberdade de dizer que gosta. Enfim, não tem a liberdade de amar!
Onde está o meio termo disso tudo?
Eu sei onde está.
Está no meio!

PS: Fui injusta com meu chefe. Umas 18h15 ele me disse que quando eu quisesse podia ir embora. Rá!

domingo, 25 de julho de 2010

DEVANEIO


Já não sei mais se está sendo bom ou ruim.
Perdi a linha de raciocínio, o fio da meada. Comecei a desembaraçar o novelo da minha vida e de repente cheguei em um nó cego.
Como prezo muito a qualidade e exatidão, não consigo simplesmente cortar esse nó, emendar as partes e continuar a desembaraçar. Seria fácil demais. Óbvio demais. Sem contar que ao emendar as partes eu teria de dar um outro nó cego.
Estranho ter consciência de uma determinada situação e sentir algo diferente àquilo que deveria sobre essa mesma situação.
Ando angustiada ultimamente. Não é TPM, mas não sei dizer por que.
Talvez por saber que minha lição de casa é aprender a ficar sozinha e que todos os meus desejos de conquistas estão diretamente e proporcionalmente ligados a esse aprendizado.
Não vou me abater. Pode parecer ruim agora, mas em breve tudo vai mudar. A solidão é só um estado mental e pode ser facilmente controlada.
Não vou viver essa vida para sempre.
Vou parar de procurar e esperar ele me encontrar.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

SMILE

Sorri
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorri
Quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doloridos
Sorri
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz



Charles Chaplin

domingo, 23 de maio de 2010

MENTIRA


Não tenho nada pra dizer.
Nem para escrever.
Não tenho comentários à fazer.
Ainda bem que aprendi.
Já não consigo sentir.
Preciso parar de mentir.
Odeio mentira.
Não minta pra mim.
Eu posso entender uma verdade.
Mas não consigo aceitar uma mentira.
Eu sei! Tudo que vai, um dia volta!
Vou parar de mentir!

domingo, 9 de maio de 2010

A QUEM POSSA INTERESSAR

Eu gosto de você!
Gosto do seu nome, da sua idade, do seu jeito tipo chato de ser.
Gosto da sua imponência com uma pitada de arrogância. Gosto da sua mão, do seu cheiro e da sua falta de vaidade. Gosto do seu cabelo.
Gosto da sua voz, de conversar, de ouvir suas histórias. Gosto de História!
Gosto da sua experiência, da sua habilidade e da sua inteligência.
Gosto das suas gírias, do seu trabalho, do seu sono e da sua companhia.
Gosto da sua boca, da sua liberdade e da data do seu aniversário.
Gosto da sua música, da sua leitura, da sua escrita e da sua contrariedade. Gosto das suas crenças.
Gosto de como acontece, de como elogia e de como reclama.
Gosto sem doer, porque gosto e é só isso que quero.
Não vou mexer porque não quero estragar. Está tão bom assim, só gostar!
Gosto de verdade, gosto com vontade.
Mal aí! Eu gosto de você!

domingo, 2 de maio de 2010

DEIXA A VIDA ME LEVAR?? DE JEITO NENHUM!!

O convencional é conservador, que por sua vez é hipócrita, que por sua vez é falso e que definitivamente não quero pra mim.
Já não me serve mais!
Quero o lado B, arriscar, saber como é. Ser transparente, aceitar as pessoas como elas são, amar livremente.
Sempre tive uma atração pelo lado B, mas nunca assumi na real.
Dá um medo! Não sei direito como vai ser.
Na verdade eu sei, e isso me dá mais medo.
Posso não estar preparada e me machucar.
Mas e daí?
Ser convencional também já me machucou, e muito!
Não pode ser pior! O que pode ser pior do que viver na hipocrisia e falsidade?
Não há o que temer! Aprendi a ser mais eu! Sei o meu valor!
Tô me sentindo tão bem que tenho medo de me perder de novo!
Tenho tomado tanto cuidado! Acho que é normal tomar muito cuidado no começo.
É como aprender a dirigir. No início a gente vai devagar, com prudência.
Obedece rigorosamente aos sinais amarelos, vermelhos e às placas de parada obrigatória.
Chega a ser chato, de tanto cuidado.
Mas também quando se tem experiência, a coisa muda de figura.
Junto com a confiança vem a habilidade. Aí ninguém segura!
Às vezes o excesso de confiança pode acabar mal. Mas esse mal vem pra um bem, o de segurar um pouco todo esse excesso.
Afinal, tudo demais é sobra!
Então as coisas se equilibram novamente.
Não é mais a vida que me guia. Agora sou eu que guio a minha vida.
Ainda a estou guiando com prudência, mas treinando bastante.
Logo mais será só habilidade e confiança. Vou tentar, vejam bem, tentar conter os excessos!
Se agora já tá bom, depois vai ser melhor!

sábado, 24 de abril de 2010

NA PRÁTICA A TEORIA É OUTRA

Eu acredito no que não acredito, mas queria acreditar.
Sobre o que mesmo eu ia escrever?
A ansiedade novamente vem me torturar. Será que sou inteligente o suficiente?
Agora dei pra ter perda de memória recente. É recente isso!
As palavras estão soltas. Não consigo reuni-las, dar a elas uma semântica.
São tantas as idéias, vontades, oportunidades.
Descobri que História pode ser cativante.
Hoje quero ficar sozinha.
Passei a noite em claro e agora vou dormir o dia inteiro.
Antes era depressão, agora é opção.
Não me liguem, não me visitem, não me procurem, mas principalmente não me ouçam.

PIADA

Uma universitária indignada vai até seu professor e diz:
- Professor, eu cliquei nos avisos não lidos pra pegar sua apostila, mas na segunda vez o aviso sumiu.
E o professor respondeu:
- Claro, se você leu, ele vai estar em avisos lidos!
Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha
Qualquer semelhança é mera coincidência!
Adoro essa piada!!!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

MULHER SELVAGEM X MULHER CIVILIZADA

Quem nunca discutiu consigo mesmo? Eu faço isso sempre.
É a dualidade que existe em todos nós. Analogamente, o anjinho e o diabinho.
O problema nessa discussão é que um sempre sai vitorioso, quando na verdade deveria haver empate.
No meu caso, a mulher civilizada, ou “anjinho” sempre vencia a mulher selvagem, o diabinho.
Ela era a mais forte e sabia disso, gostava também.
Quem lê até pensa que sou um anjinho...rsrsrs
Mas não estou aqui falando do bem versus o mal.
Raramente, mais por causa da intuição do que pela força, a mulher selvagem vencia.
Então, a mulher civilizada me fazia sentir tanta culpa, tão feia, envergonhada, com medo.
Eu a alimentei demais. Não vi a “Mulher Selvagem” implorando por alimento também.
Quase desisti de tudo. De escrever nesse blog, me permitir estar feliz, curar minha alma, alimentar a “Mulher Selvagem”.
Acho que tenho de privilegiá-la um pouco mais nesse momento, para que ela possa alcançar a “Mulher Civilizada” e elas passem a coexistir ao invés de disputarem entre si.
Sou uma nova mulher. Repito isso sempre. Preciso repetir.
A “Mulher Selvagem” é minha melhor amiga agora.
Ela me ajuda, consola, motiva e vice-versa.
Li outros blogs. Quis ter um parâmetro para comparação.
Que idiotice!
Como posso querer comparar, no sentido de ser melhor ou pior, a individualidade de cada um?
Li os textos de uma pessoa em especial, que é muito inteligente e admiro muito. Agrada-me sua companhia, sua conversa, tudo em geral.
Tomei um susto! Literalmente o achei bom demais pra mim. Senti-me tão burra, inferior, fútil. Depois disso, já comecei a escrever umas cinco vezes, e parei.
Ainda bem que tenho a Mulher Selvagem agora. Mesmo ainda um pouco mais fraca, antes que eu desistisse de tudo, veio sussurrar em meu ouvido, lembrando-me do que sou.
Ela já consegue ser mais astuta. Não veio falar mal da “Mulher Civilizada”, que já estava mandando eu me esconder novamente.
A está ensinando a ser menos rigorosa comigo, ou melhor, a usar sua inteligência e rigor de maneira mais sábia, sem gritar, amedrontar, bater.
Aconselhou-me a continuar lendo tudo que puder, mas apenas para agregar conhecimento, ter parâmetros não para comparar, mas para debater, refletir, analisar e principalmente crescer.
Lembrou-me que não sou melhor nem pior.
Sou apenas eu.
Livre.
Nossa como eu amo toda essa liberdade!
Mas a “Mulher Selvagem” adverte: use-a com moderação!

terça-feira, 13 de abril de 2010

REVOLTA? NÃO, SÓ TÔ FELIZ!

Antes de escrever esse post, preciso confessar uma coisa!
Eu tenho muita preguiça de escrever...rsrs
Na verdade, tinha! Afinal, a partir de hoje sou uma nova mulher, e essa nova mulher, SELVAGEM, está com sede de escrever, ler, conhecer, se expressar, debater, conversar, etc..
A repercussão do meu primeiro texto foi melhor do que eu esperava.
Estava morrendo de medo. Medo da exposição, do ridículo, de parecer boba. Insegura!
Muito dessa insegurança vem do julgamento que faço de mim mesma e é disso que quero me curar.
Um amigo que há muito não falava comigo, manifestou-se após ler o meu primeiro post e disse que essa “Mulher Selvagem” é instigante. Logo depois perguntou por que eu estava tão revoltada.
Outro amigo, disse que ficou assustado com essa nova mulher, mas que acredita ser verdade o que escrevi. Porém, fez a seguinte observação: “Você não vai queimar sutiã, né?”
Ele também gostou da foto que coloquei no meu perfil...hehehe
Minhas amigas, e nem tão amigas, todas adoraram! Outros conhecidos que leram também disseram ter gostado.
Contudo, as expressões “revolta” e “queimar sutiã” ficaram martelando na minha cabeça.
Eu não estou defendendo o feminismo! Na verdade, se a desgraçada que lutou por esses tais direitos iguais estivesse viva, eu mesma matava ela!
Na minha opinião, o movimento feminista só ajudou a matar a Mulher Selvagem que existe em todas nós. Tivemos de acumular funções, tornamo-nos “modernas”, independentes, executivas, andamos de salto alto, maquiamo-nos, sentimo-nos na obrigação de estarmos sempre bonitas, cheirosas, depiladas, impecáveis.
Colocamos essa máscara e ela ficou impregnada. Persona!
Eu não estou revoltada com isso. Na verdade, estou sim!
Eu gosto de me arrumar, me sentir bonita, cheirosa, andar de salto alto, afinal nos deixa muito elegantes, mas também quero poder ser mulher de verdade.
Deixar sobressair a Mulher Selvagem, aquela que não tem medo dos julgamentos alheios, que tem vontades e não tem vergonha delas, que se ama, se respeita, segue suas intuições, não se deixa dominar e consegue resistir ao seqüestro da subjetividade.
Ela é tão singular. Consegue ser feliz apenas existindo.
Opa! Essa sou eu! Sou eu! Sou eu! Sou eu!
Eu sou feliz! Estou feliz! Estou livre! Sinto-me livre! Amo a liberdade!
O amor liberta, soma, traz plenitude. Eu quero um amor assim, que me deixe livre, mas que me prenda ao mesmo tempo.
É pedir muito?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

À PARTIR DE HOJE UMA NOVA MULHER!

Esse blog é o símbolo de uma nova etapa da minha vida!
Aqui, vou fazer renascer a Mulher Selvagem que existe em mim. Não no sentido pejorativo que as palavras "Mulher" e "Selvagem" juntas podem ter, mas sim na intenção de resgatar a essência da minha alma (feminina), que historicamente ao longo dos anos, foi domesticada e oprimida numa sociedade hipócrita que me fez adoecer até quase perecer em meio a tantas dúvidas, inseguranças, medos e etc..
Ela existe dentro de todas as mulheres e é uma pena que muitas passem a vida sem nem ter conhecimento de seu verdadeiro potencial. Por isso, considero-me privilegiada em ter a oportunidade de conhecê-la, para alcançar a tão sonhada plenitude.
Não é tarefa fácil e trazê-la à tona é doloroso demais. Não só na própria alma que quero resgatar, mas também no corpo físico. Minha família e amigos próximos que o digam...rsrsrs
Escrever num blog não é o primeiro passo que dei em direção a cura da minha alma, mas acredito ser o mais importante, pois a partir de agora estarei "exposta" a todos os que me visitarem aqui.
Por medo das críticas sempre fiz questão de tentar me esconder, trancar os meus pensamentos, conceitos, pré-conceitos, idéias a sete chaves. E por causa dessa "Mulher Selvagem", emergindo sem que eu soubesse lidar com ela, muitas vezes acabei expondo-me de modo a ser conhecida pelo que não sou e cheguei ao ponto de duvidar do que sou.
Agora tudo vai mudar! Aqui vou me conhecer melhor e deixar todos me conhecerem também, pelo que sou de verdade, nas alegrias e tristezas, saúde e doença, riqueza e pobreza, altos e baixos e até na TPM...rsrsrs
Enfim, a partir de hoje uma nova mulher!